O
momento atual tem exigido das empresas e de seus executivos uma dedicação especial
sobre as oportunidades de redução de custos de suas empresas.
Analisando
sob o ponto de vista da área de Recursos Humanos sabemos que a conta de benefícios é a segunda conta de
maior investimento , sendo superada somente pela folha de pagamento.Indicativos
de mercado dão conta de que ela representa em média 30% do valor da folha de pagamento.
Por
um outro lado os fatores estruturais do sistema de saúde no Brasil ocasionam uma pressão sobre os, sendo que os maiores impactos
advém das novas tecnologias, técnicas e
medicamentos, aumento da sobrevida, das internações, falta de leitos, etc. Um
dos integrantes dessa cadeia, que tem sentido no bolso o cenário descrito, são
as empresas contratantes de planos coletivos – categoria esta que representa
77% de todos os planos comercializados no País.
Com uma inflação médica liquida de
12,6 %no ano de 2015 ( Descontada a inflação da economia- Relatório Aon
Hewitt 2015 Global Medical Trend Rate Survey Report.), observa-se uma tendência de
elevação nos reajustes anuais de planos coletivos,estabelecidos de maneira
autônoma por cada operadora. Desta forma, deixou de ser apenas uma preocupação exclusiva
do RH e, cada vez mais, é fator decisório também para o diretor financeiro e,
até, para o presidente da companhia.
É
de extrema relevância que os
profissionais de Recursos Humanos, em geral, entendam como funciona a sinistralidade para
não ficarem à mercê dos reajustes, sem analisar
o que o ocasionou. Para prover esse suporte às organizações na hora de negociar
preço e serviço junto aos planos, assim como ajudar no desenvolvimento de
programas de promoção e prevenção, é que existem as consultorias especializadas em
gerenciamento de planos.
Quando
as empresas contratam as referidas consultorias o processo de negociação fica
muito mais robusto facilitando o êxito da negociação.
É
muito comum as empresas preocuparem-se com a conta benefícios somente no
momento da renovação do contrato e no aniversário anual da apólice ,quando são repassados
os custos anuais. No meu entender trata-se de um grande equívoco, pois o acompanhamento
mensal da sinistralidade é de importância fundamental no equilíbrio dos custos
e acima de tudo de uma utilização consciente por parte dos colaboradores da
empresa.
Outro
fator de grande importância é a implantação de indicadores de utilização destes
benefícios, a fim de identificar eventuais distorções quer seja por uso
indevido ou por custos excessivos.
Uma
prática indicada é a chamada
coparticipação, na qual o beneficiário arca com uma parcela das consultas e
exames mais comuns. Em relação aos chamados programas de promoção e prevenção –
que podem incluir atividades físicas, palestras educacionais, consultas básicas
periódicas, levantamento e acompanhamento de crônicos, entre outros .
Desta
forma conclamo o leitor a refletir sob este prisma.
Muito
obrigado.
09/05/2016