domingo, 8 de maio de 2016

REDUÇÃO DOS CUSTOS COM BENEFICIOS

O momento atual tem exigido das empresas e de seus executivos uma dedicação especial sobre as oportunidades de redução de custos de suas empresas.
Analisando sob o ponto de vista da área de Recursos Humanos sabemos  que a conta de benefícios é a segunda conta de maior investimento , sendo superada somente pela folha de pagamento.Indicativos de mercado dão conta de que ela representa em média 30% do valor da folha de pagamento.

Por um outro lado os fatores estruturais do sistema de saúde no Brasil ocasionam  uma  pressão sobre os, sendo que os maiores impactos advém  das novas tecnologias, técnicas e medicamentos, aumento da sobrevida, das internações, falta de leitos, etc. Um dos integrantes dessa cadeia, que tem sentido no bolso o cenário descrito, são as empresas contratantes de planos coletivos – categoria esta que representa 77% de todos os planos comercializados no País.
Com uma inflação médica liquida de 12,6 %no ano de 2015 ( Descontada a inflação da economia- Relatório Aon Hewitt 2015 Global Medical Trend Rate Survey Report.), observa-se uma tendência de elevação nos reajustes anuais de planos coletivos,estabelecidos de maneira autônoma por cada operadora. Desta forma,  deixou de ser apenas uma preocupação exclusiva do RH e, cada vez mais, é fator decisório também para o diretor financeiro e, até, para o presidente da companhia.

É de extrema relevância que  os profissionais de Recursos Humanos, em geral,  entendam como funciona a sinistralidade para não ficarem  à mercê dos reajustes, sem analisar o que o ocasionou. Para prover esse suporte às organizações na hora de negociar preço e serviço junto aos planos, assim como ajudar no desenvolvimento de programas de promoção e prevenção, é que existem  as consultorias especializadas em gerenciamento de planos.

Quando as empresas contratam as referidas consultorias o processo de negociação fica muito mais robusto facilitando o êxito da negociação.
É muito comum as empresas preocuparem-se com a conta benefícios somente no momento da renovação do contrato e no aniversário anual da apólice ,quando são repassados os custos anuais. No meu entender trata-se de um grande equívoco, pois o acompanhamento mensal da sinistralidade é de importância fundamental no equilíbrio dos custos e acima de tudo de uma utilização consciente por parte dos colaboradores da empresa.

Outro fator de grande importância é a implantação de indicadores de utilização destes benefícios, a fim de identificar eventuais distorções quer seja por uso indevido ou por custos excessivos.  

Uma prática  indicada é a chamada coparticipação, na qual o beneficiário arca com uma parcela das consultas e exames mais comuns. Em relação aos chamados programas de promoção e prevenção – que podem incluir atividades físicas, palestras educacionais, consultas básicas periódicas, levantamento e acompanhamento de crônicos, entre outros .

Desta forma conclamo o leitor a refletir sob este prisma.




Muito obrigado.
09/05/2016