sábado, 30 de agosto de 2014

A EMPRESA É O LUGAR PARA VOCÊ ENCONTRAR SEUS MELHORES AMIGOS?



Embora entenda que as emoções fazem parte da natureza do ser humano e como tal refletem no cotidiano das empresas, acho de fundamental importância entendermos que as relações no ambiente de trabalho devem ser prioritariamente  profissionais.

Utilizo a palavra prioritária por entender que eventualmente laços de amizade formam-se entre colaboradores da mesma  empresa, mas que esta não é a regra de mercado .

Quantas amizades genuínas e duradouras  você construiu ao longo de sua carreira profissional? Muitas? Poucas? Principalmente levando-se em consideração que os ciclos  profissionais são   bem mais reduzidos do que num passado recente. Acredito que vale a pensar refletir  a respeito.

Empresas cuidam de seus resultados e os profissionais devem cuidar de suas carreiras, sendo que em determinados momentos estes interesses coexistem , resultando nos programas de desenvolvimento profissional apoiados pelas empresas.

Entendo que  esta análise possui uma certa dose de pragmatismo , mas o objetivo deste post é o de contribuir para uma reflexão mais profunda sobre quem deve ser o sujeito de sua carreira, ou seja, " você mesmo" .

Obviamente por sermos  latino americanos as nossas relações são mais emocionais . Tive oportunidade de trabalhar em empresas europeias e americanas , sendo que em muitos momentos após reuniões com discussões mais  duras  era muito comum as pessoas saírem para almoçar ou jantar juntas como se nada tivesse acontecido.Entendo que foi uma aprendizado importante para a  minha carreira profissional.

Quem já não vivenciou a troca de gestores nas empresas com a mudança de grande parte da equipe de trabalho onde o novo gestor " forma  a sua equipe com  profissionais de sua confiança contratados no mercado " ?

É importante entendermos que este processo é muito natural e acontece a todo momento. Cabe a cada um  preparar-se  profissionalmente para ter alternativas de contorno para estas situações.

Frases como :
"- Fiquei magoado com o meu gestor porque....."
" - Eu não simpatizo com fulano  de tal.... "
" - Eu não gosto de fulano de tal....", não fazem muito sentido.

Todo profissional possui pontos fortes e oportunidades de melhoria ,e cabe uma reflexão individual para valorização e  desenvolvimento de  seus   pontos fortes , bem como  " gerenciamento " seus pontos fracos, a fim de  alavancar melhores resultados.
Desta forma devemos pensar que as empresas são ambientes  profissionais e como tal as relações  devem ser baseadas no respeito recíproco. Se tivermos este pensamento em mente daremos uma grande passo para a realização profissional.  


Muito obrigado.

30/08/2014




sábado, 16 de agosto de 2014

A MEDIOCRIDADE RESISTE A MUDANÇA


Você já parou Para pensar sobre os motivos pelos quais algumas empresas conseguem implementar as mudanças numa velocidade maior do que as outras?

Pensando sobre o ponto de vista das pessoas o fato é que muitos colaboradores simplesmente recusam-se a aceitar a mínima possibilidade de aceitá-la e muito menos trabalhar favoravelmente a que ela aconteça. Sob o meu ponto de vista a existe uma obviedade neste comportamento, qual seja: " possuem medo".

A baixa estima destes colaboradores não lhes concede a confiança que podemos traduzir por " coragem" necessária para que convivam com as incertezas de " um  mundo desconhecido" . Não gostam de arriscar, conviver com aquela adrenalina e sensação de " frio na barriga" .
 
Resistir a mudança é uma reação natural para estas pessoas , mas a grande contradição é que são necessários na formação de qualquer time ,pois tratam-se de " bons mantenedores de padrão " o fato  é que não podem ser a maioria dos componentes de sua equipe.

Partindo-se do conceito de Pareto o ideal seria que suas equipes fossem formadas por 80% de inovadores , acessíveis  mudança e 20% mantenedores de padrão, mas o fato é que no mundo real este processo é exatamente o inverso.

O grande desafio para o gestor é o de preservar a todo custo os profissionais mais adaptáveis a mudança , pois são a minoria nas organizações.

Desta forma sugiro algumas ações do gerente que facilitariam a aceitação da mudança para sua equipe e consequentemente para a organização onde trabalham:
 
  • Comunicação : Não surpreenda sua equipe com as mudanças a serem implementadas, comunique desde o inicio o que vai acontecer, discuta e peça opiniões. 
  • Construa um ambiente colaborativo : Estimule seus colaboradores a participarem do processo decisório. Delegue parte da decisão ao time. Programas de ideias com a participação  voluntaria são uma boa alternativa. Pesquisas de engajamento são uma ferramenta poderosa. Importante salientar que no resultado das pesquisas devem ser divulgadas aquelas demandas que foram solicitadas mas que não são prioridades para a empresa. O fato é que " quem possui várias prioridades não possui nenhuma" . 
  • Esteja preparado para sugestões inesperadas: É importante  ter em mente que podemos ser surpreendidos com sugestões que sequer passaram por nossa cabeça e podem ser , inclusive, melhor do que a nossa. Se isto acontecer valorize e divulgue "o dono da ideia" , pois gera confiança e transparência ao processo.  
  • Crie indicadores de acompanhamento : Cheque constantemente se as ações tomadas estão atingindo os resultados esperados. Não se esqueça que a capacidade de realização é fundamental para termos avanços incrementais e são o força motriz para novas ideias e sugestões. 

  • Permita o erro. Já dizia o ditado popular " quem não arrisca não petisca", ou seja, errar é permito, mas desde que corrija-se o erro rapidamente. A supervalorização do erro leva a cultura do medo que é um fator de grande inibição para a participação das pessoas nas organizações.

  •   Política de portas abertas: O acesso ao grupo gestor é de fundamental importância para atingir os níveis desejados no processo de mudança . A proximidade entre equipe e gestor proporciona maior segurança para as pessoas. 

  • Mude por convicção não por obrigação : A melhor hora para mudarmos é quando tudo está indo bem, pois não existe  a pressão por resultados  que geralmente levam a decisões de curto prazo e mal pensadas. Tenham a convicção de que a mudança é inevitável. 

  • Tenha humildade para aprender:  Ninguém é tão competente que não possa aprender alguma coisa com o outro e não tão limitado que não possa ensinar algo. Posturas arrogantes não levam a lugar algum.

Muito obrigado.
16/08/2014

morganesantosrh@hotmail.com

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

BENEFICIOS: PRINCÍPIO DA MÚTUA RESPONSABILIDADE


A relação empresa e colaborador evoluiu muito nos últimos anos principalmente no quesito benefícios. O que era um diferencial num passado recente virou praticamente uma comoditie nos dias atuais. São raras as empresas que não oferecem uma “ cesta de benefícios “ mínima onde constem: assistência médica, assistência odontológica, seguro de vida, tickets refeição e alimentação, seguro de vida, etc

Em função desta realidade as empresas para serem competitivas tiveram  que elevar consideravelmente o seu custo com o colaborador. Principalmente pelo fato de que os governos em seus níveis municipal, estadual e federal prestam um serviço de baixíssima qualidade ao cidadão , ou seja, a contrapartida ao pagamento de impostos é muito desiquilibrada sobrecarregando tanto o contribuinte quanto  a empresa.

Em função disto entendo que o custeio dos benefícios deve ser de “ mútua responsabilidade”, isto é, os custos dos benefícios devem ser compartilhados entre a empresa e o colaborador. Até mesmo para que o colaborador valorize todo o investimento realizado pela empresa e acima de tudo utilize os mesmos de uma forma consciente.

Uma relação empresa e colaborador deve ser pautada por uma relação equilibrada onde  ambas as partes  devem ser  capazes de fazer  mais do que os requisitos mínimos exigidos. 

A mútua responsabilidade é a característica de pessoas que acordam  entre si para promover um mútuo propósito de grupo. Como os benefícios são complementos lógicos da remuneração do trabalho, as empresas buscam superar as expectativas de seus colaboradores através de uma politica de benefícios que atendam as necessidades mínimas dos mesmos.

Os benefícios podem ser totalmente pagos pela empresa, ou pagos em proporções que variam bastante, entre empresa e colaborador tais como : refeições, médica, assistência odontológica,  educacional, etc.

Uma participação relativa do colaborador, ainda, que mínima, é importante no caso de alguns itens, como refeições, plano diferenciado de assistência médico hospitalar, assistência odontológica, etc. Geralmente coisas de fácil oferta tornam-se isentas de interesse. Acresce-se o fato de que tudo que uma empresa oferecer gratuitamente aos colaboradores pode parecer  aos olhos destes como algo legalmente obrigatório ou serviços de qualidade inferior.


OUTROS PRINCÍPIOS

Além do retorno do investimento e da mútua responsabilidade, outros princípios servem como critérios para o desenho de planos de e benefícios, a saber:

1 – Os benefícios devem satisfazer a alguma necessidade real.
2 – O beneficio deve estender-se sobre a  mais ampla base possível de colaboradores.
3 -  A concessão do beneficio não deverá utilizar conotações de paternalismo benevolente
4 -  O pacote de benefícios deve estar alinhado ao nível do cargo e as praticas de mercado.
5 – Os custos dos benefícios devem ser calculados e não devem comprometer os custos da empresa a ponto de serem questionados quando a empresa passar por uma eventual dificuldade financeira.

Dentro desse contexto, acreditamos que todo plano de benefícios deve atender aos seguintes quesitos:

·     Ser vantajoso, a longo tempo, tanto a organização quanto aos empregados.
·     Ser aplicável em termos de custos e que possua condições de ser  sustentável ao longo do tempo.
·    Ser planejado e custeado entre a empresa e colaboradores

Muito obrigado.


Porto Alegre, 04 de Agosto de 2014.