domingo, 26 de janeiro de 2014

NÃO SEJA UM PROFISSIONAL DE MUITAS CERTEZAS



Estive pensando sobre um perfil de profissional que é o " Sr. sabe tudo" , com respostas prontas.  O leitor  com absoluta certeza deve lembrar-se de alguém com este perfil.

O profissional que possui as respostas prontas para toda e qualquer  situação perde uma grande oportunidade de aprender com os demais e acima de tudo em compartilhar conhecimento.

O fato é que todos nós temos uma imagem real (o que realmente somos) e uma imagem idealizada (o que gostaríamos de ser). O profissional com muitas certezas  acaba fixando-se na imagem do que ele "gostaria de ser" e não na que "realmente é". Talvez pelo fato de não se  agradar com sua própria essência.

Este tipo de comportamento profissional possui um efeito devastador nas equipes subordinadas a estes   gestores, uma vez que os mesmos  possuem como responsabilidade principal  o desenvolvimento de novos gestores.

Um bom gestor não destaca-se apenas pelo seu conhecimento técnico, mas sim pela capacidade que possui em desenvolver relacionamentos interpessoais genuínos e duradouros.

Podemos citar algumas características destes gestores:

·         Nunca reconhece o erro, sempre tenta por culpa em alguém;
·         Causa intriga na equipe e tem sempre uma teoria de conspiração;
·         Acha que sabe tudo;
·         Acha-se melhor que todos na equipe;
·         Entra em conflito com facilidade, é antipatizado por muitos;
·         É movido pelo reconhecimento, tendo necessidade de receber elogios o tempo todo;
·         No fundo é inseguro, mas não gosta de demonstrar.

Enfim, este tipo de comportamento tem sido o causador de grande parte dos conflitos nos times de trabalho independente do porte e segmento de atuação da empresa. Trata-se de um grande desafio para as áreas de Recursos Humanos.

Recomendo para estes profissionais um trabalho com um Coaching Executivo Empresarial.
Muito obrigado.
26/01/2014

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O CUSTO DOS BENEFÍCIOS



Há uma nova ordem estabelecida no mercado relativa aos  planos de saúde onde o governo através da ANS ( Agencia Nacional de Saúde Complementar) busca estender a cobertura para um leque maior de doenças/moléstias, exames e tratamentos de uma forma em geral.Sob o ponto de vista dos planos de saúde corporativos é necessário dedicar uma atenção especial no que se refere as correções anuais, pois esta ampliação das coberturas fatalmente irá ocasionar um reajuste maior para as empresas e por conseguinte aos seus colaboradores.

A Lei nº 9.961/2000 atribuiu à ANS a responsabilidade de controlar os aumentos das mensalidades dos planos de saúde e este controle varia de acordo com o tipo de contrato de prestação de serviços de saúde (pessoa física ou jurídica) e com o motivo do aumento.

No caso dos planos corporativos os reajustes não são definidos pela ANS. Nesses casos, a Agência apenas acompanha os aumentos de preços, os quais devem ser acordados mediante negociação entre as partes e devidamente comunicados à esta Agência em até 30 dias da sua efetiva aplicação.Também é fato que o índice aprovado pela ANS acaba balizando os reajustes dos demais contratos.

O critério de correção anual dos planos  de saúde corporativos é resultado do binômio: índice inflacionário anual somado ao nível de sinistralidade.

O índice inflacionário pode ser o IGPM, INPC, ou algum índice inflacionário definido em comum acordo entre a empresa e a operadora do plano de saúde .

O índice de sinistralidade nada mais é do que o nível de utilização do plano por parte do seus colaboradores.

Entendo ser de fundamental importância que a área de Recursos Humanos das empresas estabeleçam um política de utilização do plano e acima de tudo acompanhem mensalmente o desempenho do plano, ou seja, o nível de sinistralidade.

Obviamente é importante que todos os colaboradores utilizem o plano e acima de tudo busquem uma utilização preventiva , com consultas e exames  regulares e acima de tudo praticando um estilo e vida saudável.

Este acompanhamento evitará um uso desordenado deste plano  e que poderá ocasionar  cancelamento do mesmo por parte da empresa ou até mesmo um custo mais elevado para o colaborador, pois a maioria dos planos há uma co-participação dos mesmos.

Uma análise  pode incluir :
- Número  de consultadas por colaborador mês/ano.
- Percentual de utilização por colaborador mês/ano.
- Custo per capita.
- Nível de utilização geral.
- Doenças com maior nível de incidência entre os colaborardes, etc, etc.

De posse destas informações  as empresas poderão adotar programas de qualidade de vida e promoção da saúde onde colaborador e empresa poderão percorrer uma longa jornada juntos.

Muito obrigado.
15/01/2014

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA



QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA

É com tristeza que observamos a absoluta falta de gestão pública no Brasil nos seus mais diversos níveis, quer sejam: municipal, estadual e federal. O viés político das nomeações tem prejudicado sobremaneira a valorização dos profissionais de carreira, legítimos  entendedores dos processos e sistemas públicos , atrasando a profissionalização do setor público.

O produto final desta falta de capacidade é um sentimento generalizado do cidadão de que não há uma contrapartida do nível de serviço prestado pelo Estado com relação à elevada carga tributária do Brasil.

Na realidade, a balança está desequilibrada tendo na parte de cima a carga tributária e na parte de baixo o nível de serviço prestado.

Há um elevado número de ministérios, cargos de confiança, funções sobrepostas e um grande arranjo político, pois, do contrário,  o acesso ao poder não se configura.
Qualquer tentativa de melhora na gestão é "travada" por diferenças ideológicas, disputas partidárias, corporativismos dos políticos e dos servidores, fatores históricos e culturais e, acima de tudo, pelo sentimento de impunidade.

Tive a oportunidade de trabalhar em empresas européias onde meus colegas europeus afirmavam por diversas vezes que o Brasil é um pais jovem e que a Europa possui  1.500 anos a mais que o Brasil, onde as instituições estão mais consolidadas e o nível de consciência do cidadão é mais elevado. Espero não ser necessário aguardar  por mais 1.500 anos para ver mudanças no Brasil.

Fico pensando no nível de desmotivação de um servidor público por não poder realizar e implementar as melhorias necessárias . O sentimento de frustração deve ser muito elevado, mesmo que muitos gozem de estabilidade e de boa remuneração.

A realização profissional passa, fundamentalmente, pela oportunidade que o trabalhador tem de implementar melhorias, racionalizar processos, aprender e atualizar-se constantemente, ter acesso à informação e novas tecnologias e, acima de tudo,  agregar valor à sociedade.
Neste aspecto, entendo que o setor público pode aprender significativamente com a iniciativa privada aplicando-se alguns conceitos tais como meritocracia, programas  de metas, avaliações de desempenho, planos de  carreiras , programas de desenvolvimento etc.
Resumindo : Gestão por Resultados.

Talvez esta seja uma boa plataforma de governo.

Muito obrigado.
09/01/2014