sábado, 20 de maio de 2017

RASGARAM O CÓDIGO DE ÉTICA





Para que serve o Código de Ética das empresas?

Começo este meu post com esta uma pergunta que tem me levado a uma profunda reflexão em virtude do turbilhão de acontecimentos com impactos avassaladores no mundo empresarial e político advindos da Operação Lava Jato .

Meu objetivo não é de fazer uma análise política ou macroeconômica , mas sim analisar as repercussões no mundo do trabalho que é o meu campo de estudo e atuação profissional como professor de MBAS e na minha consultoria .  

A grande maioria das empresas, independentemente de seu porte e área de atuação possui um Código de Ética e valores que são divulgados para todos os seus colaboradores, fornecedores, clientes, etc. Enfim para os  seus stakeholders . Mas o fato é que em algumas empresas o que está escrito não está sendo praticado e este comportamento  pode trazer enormes impactos em termos de atratividade , retenção e engajamento dos colaboradores.

A novas gerações buscam empresas que estão alinhadas com seus valores, que são ambientalmente sustentáveis, que proporcionam um trabalho colaborativo e acima de tudo que sejam empresas éticas.No meu ponto de vista o próprio mercado protege este tipo de empresa, pois seus stakeholders e colaboradores se incumbem de disseminar estas características, gerando grande credibilidade junto ao mercado e o  fazem co grande credibilidade , pois vivem a empresa no seu  o dia-a-dia.

Fico pensando nos colaboradores destas grandes empresas envolvidas em corrupção, ao constatar que seus executivos, acionistas , ao invés de estarem focados em serem mais competitivos, desenvolvendo produtos ou serviços que contribuam para a construção de uma sociedade melhor , de melhor nível econômico e sócio cultural, buscando o lucro legítimo, estão agindo de forma anti ética e criminosa.

Como serem  felizes em seu trabalho ? Levarem  e buscarem seus  filhos na escola? Encontrarem-se com profissionais  de outras empresas em eventos corporativos ? Com colegas de universidade ?Pós graduações ? Etc. Irão carregar um enorme constrangimento ao  receberem  olhares  questionadores como quem diz : " aquele fulano de tal, trabalha na empresa tal envolvida em determinado escãndalo "

Também irão se deparar com uma dificuldade maior ao concorrerem  a uma vaga de emprego, pois neste caso haverá   uma perda de credibilidade do CPF em decorrência do ocorrido com o CNPJ. O profissional no mínimo terá que dar algumas explicações  a mais, ou até mesmo, ser mais  convincente numa entrevista de emprego.

O fato é que o mundo mudou, se outrora a informação demorava um lapso de tempo maior para ser disseminada, nos dias atuais ela chega  em tempo real, com vídeo e voz, pois todo o cidadão pode ter o seu dia de repórter ou cinegrafista , bastando utilizar o  seu celular.
Estas empresas terão que mudar ou serão mudadas, pois  ações coordenadas do consumidor , como por exemplo: não adquirir produtos de determinada empresa , pelo fato da mesma possuir comportamento antiético poderão trazer enormes repercussões .

Gostaria de prestar  a minha solidariedade aos colaboradores destas empresas que tenho a mais absoluta certeza  que são dedicados, éticos  e comprometidos.

Muito obrigado
20/05/2017

sábado, 13 de maio de 2017

CICLOS DE CARREIRA  





Foi-se o tempo em que o colaborador desenvolvia uma longa carreira nas empresas.Entrar como estagiário ou trainee e ir galgando posições até alcançar posições gerenciais na mesma empresa é muito raro no dias atuais.Os jovens que ingressam no mercado de trabalho possuem a expectativa de viver grandes experiências   num curto espaço de tempo dentro das organizações.

Frases como :

" Eu quero fazer o  que eu  gosto ".
" Gostaria de fazer no horário que eu estou a fim ".
" Quero trabalhar na empresa " x " e não na empresa" Y" pois não me identifico com os valores da "x".

E assim por diante...
O grande desafio das empresas é o de alinhar as expectativas de ambos os lados e isto nem sempre é fácil, eu diria que é muito complicado.

Ciclos de carreira de 2 a 3 anos são uma realidade . É comum profissionais  com  30/35 anos de idade já terem trabalhado em mais de 6, 8 empresas ou até mais.  Esta situação é  muito diferente da que vivíamos num passado recente.

A tarefa fica cada vez mais difícil para o RH que não pode mais " descartar" um candidato pelo fato do mesmo ter trabalhado em várias empresas.O grande desafio é que as empresas consigam desafiar o seu colaborador a criar valor e envolvendo-o   com o negócio. Eu diria que a coisa está na linha do " que seja bom enquanto dure".

Entendo que algumas ações contribuem para que tanto a empresa quanto o colaborador  consigam ampliar este ciclo.São elas:

-  Proximidade entre o líder e o liderado : É fundamental que o líder seja um profissional que proporcione total liberdade e acesso à todos os liderados. Trabalhar num ambiente sem paredes e com sua mesa junto a equipe é de fundamental importância.Um rotina semanal ou quinzenal de reuniões  apresentando os resultados da empresa, bem como os resultados esperados e alcançados pela área contribuem sobre maneira para o atingimento dos resultados esperados.

- Cultura do feedback:  É inadmissível nos dias atuais  que líder e liderado não tenham pelo menos uma conversa individual e mensal sobre as expectativas recíprocas , bem como das  entregas esperadas  . A responsabilidade principal de  uma líder é a de orientar sua equipe.  Não há desculpas para a falta de tempo.Trata-se apenas de estabelecer esta prioridade.

- Equipes de alta performance ou auto gerenciáveis:  Delegar projetos à  equipe , definindo os objetivos a serem alcançados, disponibilizando os recursos necessários e proporcionando total liberdade para que a mesma busque as melhores soluções  a seu critério, trazem resultados fantásticos , ou seja, envolver-se as pessoas com uma causa.  

- Comunicação: A comunicação que defendemos é aquela olho no olho onde a liderança proporcione  espaço e ambiente seguro para que a equipe esclareça todas as suas dúvidas.É importante que o líder tenha a clareza de que todos entenderam a mensagem . Repetindo quantas vezes for necessário.

- Mobilidade: Implantar e/ou difundir a cultura da mobilidade quer seja entre áreas ( job-rotation) ou entre unidades, cidades, estados e ou países proporciona desafios gerando envolvimento dos colaboradores, cria-se a empatia ou seja: " eu serei você amanhã"  .
Desta forma entendemos que poderemos ampliar os ciclos de carreira dos nosso colaboradores.
13/05/2017
morgan@morgansantos.com.br