quarta-feira, 24 de julho de 2013

TIPOS DE PLANOS DE INCENTIVO DE VENDAS




A implantação  de planos de remuneração para a área comercial tem sido um dos grandes desafios para os profissionais de RH/Remuneração desenvolverem em suas empresas.

Na realidade o grande desafio é o desenho de um plano que seja equilibrado no sentido de ser suficientemente desafiador para a busca dos objetivos individuais dos vendedores, bem como que possua a capacidade de alavancar a estratégia comercial da empresa.

Os planos de remuneração para os colaboradores  de vendas podem consistir de um plano de cargos e salários, de um plano de comissões ou de uma combinação de ambos.

Um plano de cargos e salários permite aos vendedores receber pelo desempenho de várias tarefas que não se refletem imediatamente no seu volume de vendas. Permite-lhes dedicar mais tempo para oferecer serviços e conquistar clientes sem prejudicar sua renda.

A principal limitação do plano de cargos e salários é que ele pode não motivar os vendedores a exercer esforço suficiente para maximizar seu volume de vendas.

Por outro lado, o plano de comissões, com base em uma porcentagem de vendas, oferece o incentivo máximo e é fácil de calcular e entender. Por exemplo, empresas que pagam só comissão com base no volume total podem usar as seguintes fórmulas simples:

                             Remuneração total em dinheiro= 1% volume total de vendas

ou
                             Remuneração total em dinheiro = 1% volume total até a cota
                                                                                 + 2% volume acima da cota


Entretanto, o plano de comissão é limitado pelas seguintes desvantagens:


1.         Ênfase no volume de vendas e não nos lucros.
2.         O serviço ao cliente pós-vendas pode ser negligenciado.
3.      Os ganhos tendem a flutuar amplamente entre períodos bons e fracos dos negócios, e a rotatividade de funcionários de vendas treinados tende a aumentar nos períodos fracos.
4.         Os vendedores são tentados a fazer concessões de preço.

             No plano combinado de salários e comissões, a a percentagem de remuneração em dinheiro aplicada em comissões (isto é, incentivos) é chamada de “alavancagem”. A alavancagem geralmente é expressa com a razão entre o salário-base e a comissão.
Por exemplo, um vendedor que trabalha com um plano combinado 70/30, recebe um total em dinheiro referente a 70% do salário-base e a 30% da comissão. A quantia da alavancagem será determinada depois de considerar os fatores restritivos que afetam o desempenho e os objetivos de vendas da empresa.

As seguintes vantagens indicam por que o plano combinado de salários e comissão é tão usado:

1. O tipo certo de remuneração de incentivo, ligado ao salário da proposta certa, tem as maiores vantagens tanto da forma de remuneração baseada exclusivamente em salários quanto da que se baseia apenas em comissões.

2. Um plano de salário mais incentivo oferece mais flexibilidade e pode, portanto, ser estabelecido mais prontamente para maximizar os lucros da empresa.

3. O plano pode desenvolver a relação mais favorável entre despesas no processo de vendas e as vendas.

4. A força de vendas em campo pode ser motivada a atingir os objetivos específicos de marketing da empresa além do volume de vendas.

Entendo ser de fundamental importância que os planos de incentivos de vendas sejam bem pensados e discutidos internamente, pois na eventualidade de que haja necessidade do mesmo ser revisto com critérios mais restritivos , pode ser fator de  grande insatisfação da equipe comercial e comprometer o resultado da empresa.


Muito obrigado.


24/07/2013

sábado, 20 de julho de 2013

A ÂNSIA DA VALORIZAÇÃO



Tenho observado uma critica muito comum  em muitos profissionais das mais diversas áreas pelo fato de alguns gestores solicitarem  um determinado trabalho,  e apresentarem-no na empresa como se eles tivessem realizado. Na realidade não concedem o crédito a quem realmente criou e executou.

Importante salientarmos que este tipo de atitude do gestor gera uma grande insatisfação na equipe e mina o ambiente de trabalho. Profissionais que agem desta forma são por demais      " carreiristas" , ou seja, querem crescer na empresa a qualquer custo,  e o mais trágico é que eles somente enganam a si mesmos.

Façam com que as pessoas que produzem recebam o crédito por isso. E faça com que eles saibam que estão recebendo. Com efeito algumas pesquisas mostram que o colaborador  deseja mais reconhecimento do que dinheiro e o reconhecimento é o que os mantém na empresa e os faz crescer como profissionais e indivíduos.

As pessoas gostam de trabalhar onde sabem que serão pessoalmente elogiadas pelas suas sugestões, pelos seus esforços e pelo seu desempenho. Isto faz que  elas acreditem que vale a pena um esforço adicional, pois o mesmo será recompensado.

Certos líderes temem que ao permitirem que as pessoas com quem trabalhem se destaquem demais, estas pessoas acabarão por " ofuscar" o seu brilho.

Alias você mesmo contratou os colaboradores, certo?

Delegou-lhes tarefas, não foi?

E sob sua liderança alcançaram bom resultado, não foi?

Uma das responsabilidades mais nobres de um gestor é de formar lideres com capacidade superior  a ele próprio. Uma equipe qualificada  e questionadora, ajuda  todos a desenvolverem-se. Foge-se da mediocridade e ajuda a equipe e a empresa a alcançar resultados mais consistentes e duradouros com um menor esforço.

Na realidade é o tipo de ação em que todos ganham.

Isto lhe parece meio óbvio? Mas as vezes o óbvio deve ser dito.

Muito obrigado.
20/07/2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

AJUDE A CRIAR UM AMBIENTE DE CONFIANÇA



Dias atrás  visitei o setor administrativo  de uma empresa do segmento do varejo e chamou-me a atenção a gentileza, simpatia e atenção  a mim dispensada . Este comportamento foi por mim observado a começar pela recepcionista, passando pelos  demais colaboradores até chegar ao  Diretor  com o qual eu iria reunir-me.

Desta forma fiquei pensando no comportamento recorrente de muitas lideranças que são indiferentes e distantes de suas equipes, quer seja pela  crença genuína de que  deve-se manter uma equidistância para ser respeitado, quer seja  por timidez.

Embora as duas razões levem ao  distanciamento das suas equipes, o caso da timidez é o  mais aceitável . Entendo que estes líderes devem ser trabalhados e orientados para mudarem   este comportamento, pois aproximando-se  mais de suas equipes irão contribuir significativamente  para a melhoria do clima organizacional.

Entendo que nada pode estar mais longe do comportamento adequado de um líder, pois ninguém  segue um desconhecido e tampouco  consegue ser estimulado pela indiferença. Quando as empresas dirigidas por " estes desconhecidos" chegam a ter um relativo sucesso, isso acontece a despeito deles e não em virtude deles.

Será que você gostaria de trabalhar com alguém que não lhe inspira confiança? Que implanta a gestão do medo?

Líderes que  comportam-se de uma forma distante , que se trancafiam em seus escritórios, que não convivem e não participam, que se protegem atrás do escudo da autoridade não podem ser considerados líderes , pois  na realidade são chefes no conceito mais arcaico e ultrapassado.

Esta situação potencializa-se  no momento em que o Brasil vive , com baixos índices de desemprego, com vários segmentos apresentando indicadores de rotatividade bastante elevados e onde a retenção tornou-se o grande desafio dos RHs. Na realidade a palavra da moda não é mais retenção e sim engajamento, pois retenção nos transmite a ideia de trancafiar, ou seja, permanecer contra a minha  vontade.
Ao mudar este comportamento os líderes observarão que as pessoas vão querer ajudar e  não ter que ajudar , e isto faz toda a diferença.

Felizmente, é  fácil perceber se as pessoas com quem trabalhamos gostam de nós : basta descobrimos se gostamos delas.Gostaria de ampliar o conceito de gostar, pois na realidade não trata-se de um gostar no sentido paternalista , de proteção, e sim de tratar as pessoas com respeito, atenção  e profissionalismo. Cobrando quando deve ser cobrado e  elogiando quando assim for merecido.

Tenho consciência que são conceitos simples , mas que se colocados em prática possuem uma força transformadora.

Muito obrigado.
10/07/2013

quarta-feira, 3 de julho de 2013

SEJA UM PROFISSIONAL DE VÁRIAS CARREIRAS



Estive pensando sobre o quanto o conceito de carreira mudou no passado recente. No início de minha carreira no final da década de 80 era muito comum observarmos colaboradores (na época a denominação era funcionários) com 10, 15, 20 ou mais anos de trabalho dedicados a mesma empresa. Os profissionais possuíam um valor no mercado em função de possuírem estabilidade por um longo e fiel período de trabalho dedicado a mesma empresa.
Atualmente este conceito mudou radicalmente, não só pela visão dos profissionais, mas também pela visão das empresas. O que e valoriza-se, atualmente, é o quantum de contribuição ou entrega que o profissional agrega para a empresa e aos negócios num determinado período de tempo.
O que observamos no mercado é um ciclo profissional aproximado de 05 anos, ou seja, se neste período o profissional não fizer as entregas, ou como se diz no popular “não fizer a diferença”, provavelmente será a hora de empresa e profissional seguirem o seu caminho de forma distinta.
Obviamente este raciocínio aplica-se para empresas privadas e para posições que demandam um maior nível de profissionalização e conhecimento tais como: gestores de uma forma em geral, técnicos e executivos, consequentemente não é o mesmo para posições operacionais.
Desta forma urge que o profissional esteja buscando um constante desenvolvimento, e que acima de tudo, reinvente-se a cada ciclo para que a sua condição de empregabilidade esteja sempre em alta.
Gostaria de destacar que refiro-me a empregabilidade e não emprego. A diferença fundamental é que no conceito de emprego estamos delegando o destino de nossa carreira para a empresa administrar e no conceito de empregabilidade somos os gestores de nossa carreira e podemos ter várias profissões ao longo da mesma.
Como exemplo podemos citar os profissionais que trabalham em empresas e que desenvolvem atividades simultâneas tais como: professor universitário, escritor, sócio em alguma atividade que não conflite com a sua posição ocupada na empresa, diretorias em entidades de classe, palestrante, etc.
Se possível buscar atividades complementares a sua principal ocupação, fazendo com que este profissional mantenha-se atualizado e que seja muito bem conceituado no mercado em função de ser um profissional “multimídia” vamos dizer assim.
Esta situação torna-se mais importante no momento em que a expectativa de vida do brasileiro é de 74 anos, ou seja, aumentou em quase 8 meses em 10 anos (FONTE: http://www.brasil.gov.br/), bem como a aposentadoria pela previdência social não é suficiente para vivermos dignamente.
Desta forma fica a sugestão aos meus leitores: “- Seja um profissional de várias carreiras”

03/07/2013