Estive pensando sobre o quanto o
conceito de carreira mudou no passado recente. No início de minha carreira no
final da década de 80 era muito comum observarmos colaboradores (na época a
denominação era funcionários) com 10,
15, 20 ou mais anos de trabalho dedicados a mesma empresa. Os profissionais
possuíam um valor no mercado em função de possuírem estabilidade por um longo e fiel período de trabalho dedicado a mesma empresa.
Atualmente este conceito mudou
radicalmente, não só pela visão dos profissionais, mas também pela visão das
empresas. O que e valoriza-se, atualmente, é o quantum de contribuição
ou entrega
que o profissional agrega para a empresa e aos negócios num determinado período
de tempo.
O que observamos no mercado é um
ciclo profissional aproximado de 05 anos, ou seja, se neste período o
profissional não fizer as entregas,
ou como se diz no popular “não fizer a diferença”, provavelmente será a hora
de empresa e profissional seguirem o seu caminho de forma distinta.
Obviamente este raciocínio aplica-se
para empresas privadas e para posições que demandam um maior nível de
profissionalização e conhecimento tais como: gestores de uma forma em geral, técnicos
e executivos, consequentemente não é o mesmo para posições operacionais.
Desta forma urge que o profissional esteja buscando um constante
desenvolvimento, e que acima de tudo, reinvente-se a cada ciclo para que a sua
condição de empregabilidade esteja sempre em alta.
Gostaria de destacar que
refiro-me a empregabilidade e não emprego. A diferença fundamental é que no
conceito de emprego estamos delegando o destino de nossa carreira para a
empresa administrar e no conceito de empregabilidade somos os gestores de nossa
carreira e podemos ter várias profissões ao longo da mesma.
Como exemplo podemos citar os
profissionais que trabalham em empresas e que desenvolvem atividades simultâneas
tais como: professor universitário, escritor, sócio em alguma atividade que não
conflite com a sua posição ocupada na empresa, diretorias em entidades de classe,
palestrante, etc.
Se possível buscar atividades
complementares a sua principal ocupação, fazendo com que este profissional
mantenha-se atualizado e que seja muito bem conceituado no mercado em função de
ser um profissional “multimídia”
vamos dizer assim.
Esta situação torna-se mais
importante no momento em que a expectativa de vida do brasileiro é de 74 anos,
ou seja, aumentou em quase 8 meses em 10 anos (FONTE: http://www.brasil.gov.br/), bem como a aposentadoria
pela previdência social não é suficiente para vivermos dignamente.
Desta forma fica a sugestão aos
meus leitores: “- Seja um profissional de várias carreiras”
03/07/2013
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