Dias atrás visitei o
setor administrativo de uma empresa do
segmento do varejo e chamou-me a atenção a gentileza, simpatia e atenção a mim dispensada . Este comportamento foi por
mim observado a começar pela recepcionista, passando pelos demais colaboradores até chegar ao Diretor com o qual eu iria reunir-me.
Desta forma fiquei pensando no comportamento recorrente de muitas
lideranças que são indiferentes e distantes de suas equipes, quer seja pela crença genuína de que deve-se manter uma equidistância para ser
respeitado, quer seja por timidez.
Embora as duas razões levem ao distanciamento das suas equipes, o caso da
timidez é o mais aceitável . Entendo que
estes líderes devem ser trabalhados e orientados para mudarem este
comportamento, pois aproximando-se mais
de suas equipes irão contribuir significativamente para a melhoria do clima organizacional.
Entendo que nada pode estar mais longe do comportamento
adequado de um líder, pois ninguém segue
um desconhecido e tampouco consegue ser estimulado
pela indiferença. Quando as empresas dirigidas por " estes desconhecidos"
chegam a ter um relativo sucesso, isso acontece a despeito
deles e não em virtude
deles.
Será que você gostaria de trabalhar com alguém que não lhe
inspira confiança? Que implanta a gestão do medo?
Líderes que comportam-se
de uma forma distante , que se trancafiam em seus escritórios, que não convivem
e não participam, que se protegem atrás do escudo da autoridade não podem ser considerados líderes , pois na realidade são chefes no
conceito mais arcaico e ultrapassado.
Esta situação potencializa-se no momento em que o Brasil vive , com baixos
índices de desemprego, com vários segmentos apresentando indicadores de
rotatividade bastante elevados e onde a retenção tornou-se o grande
desafio dos RHs. Na realidade a palavra da moda não é mais retenção e sim engajamento, pois retenção nos transmite a ideia de
trancafiar, ou seja, permanecer contra a minha vontade.
Ao mudar este comportamento os líderes observarão que as
pessoas vão querer ajudar e não ter que ajudar , e
isto faz toda a diferença.
Felizmente, é fácil
perceber se as pessoas com quem trabalhamos gostam de nós : basta descobrimos
se gostamos delas.Gostaria de ampliar o conceito de gostar, pois na realidade
não trata-se de um gostar no sentido paternalista , de proteção, e sim de
tratar as pessoas com respeito, atenção e profissionalismo. Cobrando quando deve ser
cobrado e elogiando quando assim for
merecido.
Tenho consciência que são conceitos simples , mas que se
colocados em prática possuem uma força transformadora.
Muito obrigado.
10/07/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário