quarta-feira, 10 de julho de 2013

AJUDE A CRIAR UM AMBIENTE DE CONFIANÇA



Dias atrás  visitei o setor administrativo  de uma empresa do segmento do varejo e chamou-me a atenção a gentileza, simpatia e atenção  a mim dispensada . Este comportamento foi por mim observado a começar pela recepcionista, passando pelos  demais colaboradores até chegar ao  Diretor  com o qual eu iria reunir-me.

Desta forma fiquei pensando no comportamento recorrente de muitas lideranças que são indiferentes e distantes de suas equipes, quer seja pela  crença genuína de que  deve-se manter uma equidistância para ser respeitado, quer seja  por timidez.

Embora as duas razões levem ao  distanciamento das suas equipes, o caso da timidez é o  mais aceitável . Entendo que estes líderes devem ser trabalhados e orientados para mudarem   este comportamento, pois aproximando-se  mais de suas equipes irão contribuir significativamente  para a melhoria do clima organizacional.

Entendo que nada pode estar mais longe do comportamento adequado de um líder, pois ninguém  segue um desconhecido e tampouco  consegue ser estimulado pela indiferença. Quando as empresas dirigidas por " estes desconhecidos" chegam a ter um relativo sucesso, isso acontece a despeito deles e não em virtude deles.

Será que você gostaria de trabalhar com alguém que não lhe inspira confiança? Que implanta a gestão do medo?

Líderes que  comportam-se de uma forma distante , que se trancafiam em seus escritórios, que não convivem e não participam, que se protegem atrás do escudo da autoridade não podem ser considerados líderes , pois  na realidade são chefes no conceito mais arcaico e ultrapassado.

Esta situação potencializa-se  no momento em que o Brasil vive , com baixos índices de desemprego, com vários segmentos apresentando indicadores de rotatividade bastante elevados e onde a retenção tornou-se o grande desafio dos RHs. Na realidade a palavra da moda não é mais retenção e sim engajamento, pois retenção nos transmite a ideia de trancafiar, ou seja, permanecer contra a minha  vontade.
Ao mudar este comportamento os líderes observarão que as pessoas vão querer ajudar e  não ter que ajudar , e isto faz toda a diferença.

Felizmente, é  fácil perceber se as pessoas com quem trabalhamos gostam de nós : basta descobrimos se gostamos delas.Gostaria de ampliar o conceito de gostar, pois na realidade não trata-se de um gostar no sentido paternalista , de proteção, e sim de tratar as pessoas com respeito, atenção  e profissionalismo. Cobrando quando deve ser cobrado e  elogiando quando assim for merecido.

Tenho consciência que são conceitos simples , mas que se colocados em prática possuem uma força transformadora.

Muito obrigado.
10/07/2013

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