quarta-feira, 8 de julho de 2015

A RELEVÃNCIA DA NEGOCIAÇÃO EM 2015





O cenário macroeconômico do Brasil no ano de 2015 produz impacto em todos os setores da economia, especialmente no segmento industrial, que apresenta  taxa crescente  de desemprego.

Analisando a  taxa de desemprego, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad- IBGE), podemos  avaliar a evolução  crescente deste indicador .

Esta pesquisa refere-se à proporção entre a População Desempregada e a População Economicamente Ativa. A taxa de desemprego também é conhecida como taxa de desocupação.

O quadro abaixo mostra a evolução  crescente deste indicador.

            JAN    FEV     MAR   ABR
2015    6,80     7,40     7,90     8,00    
Fonte : IBGE

Analisando o impacto deste cenário  na área de Recursos Humanos , entendo que a competência em negociação sindical  assume um papel fundamental  neste momento. Penso que  trata-se de um situação similar a que vivemos no inicio da década de 1980 com o surgimento de CUT , CGT . Nesta época várias greves foram realizadas e grandes lideranças sindicais surgiram na época , tendo como   a mais representativa como sendo o Presidente Lula.

Denominações como Lay Off  são ouvidas com maior frequência  com vistas a garantir a preservação de milhares de empregos, sendo que  esse dispositivo está  previsto no artigo 476 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Pela lei do Lay Off  , o trabalhador tem seu contrato de trabalho suspenso, passando a receber o seguro-desemprego do governo, mais a complementação do salário por parte da empresa. Durante o período de vigência do acordo, que não pode ultrapassar cinco meses, o trabalhador fica fazendo cursos de qualificação.

Este processo foi  utilizado, num primeiro momento, pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba em 2009, quando naquele momento, alguns meses do Lay Off  foram suficientes para preservar muitos  empregos de metalúrgicos da Renault, Bosch e outras empresas. Ganharam os trabalhadores, que mantiveram seus empregos, salários e mais qualificação, e também as empresas, que não precisaram dispensar pessoas já treinadas.
Outra medida importante com o objetivo de evitar demissões por empresas em dificuldades financeiras, foi a  medida provisória assinada pela Presidente da República dentro do Programa de Proteção ao Emprego, que vai permitir a redução temporária da jornada de trabalho e de salário em até 30%.

Em linhas gerias as empresas poderão aderir ao programa por seis meses, prorrogáveis por mais seis. O valor que será pago pelo governo está limitado a 65% do teto do seguro-desemprego (R$ 1.385,91), ou seja, R$ 900,84.

As empresas que aderirem não poderão dispensar os empregados que tiveram sua jornada de trabalho reduzida e, ao fim do período de vigência do programa na companhia, o funcionário deverá ser mantido pelo empregador por um prazo equivalente a um terço do total.

A medida prevê que a União complemente metade da perda salarial por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador. O programa valerá até o dia 31 de dezembro de 2016, e o período de adesão das empresas vai até o fim deste ano.

A MP foi assinada na tarde desta segunda-feira (6/7) pela presidente Dilma Rousseff, após encontro com ministros e representantes de centrais sindicais. Embora passe a valer imediatamente com força de lei, a proposta será analisada e precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional

Dentro deste quadro entendo que os profissionais que possuem competências na área de negociação sindical assumirão grande relevância neste momento em especial.
Para as empresas que possuem este profissional ,entendo ser a hora de valorizá-los.Para as empresas que não possuem profissionais com esta qualificação é a hora de desenvolvê-los ou buscar assessoria externa, até porque uma boa negociação neste momento de transição poderá ser o diferencial entre a continuidade  ou não de alguma empresa. 

Entendo que deve-se  preservar o investimento feito na qualificação de colaboradores  e evitar eventuais demissões.

Muito obrigado.
08/07/2015

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