quinta-feira, 14 de março de 2013


VISÃO DE ALGUNS  CO’s  SOBRE  COMO TORNAR-SE UM RH ESTRATÉGICO

Estava no encontro mensal de executivos de RH do RS na última terça-feira, dia 12 de março de 2013 em Porto Alegre, em que foram convidados dois CEO’s para dividirem conosco a sua visão da área de Recursos Humanos e como os profissionais desta área poderiam atuar de forma mais estratégica, levando-se ser uma necessidade  das empresas.
Sob a ótica do CEO’s  é fundamental que o RH não se restrinja apenas a analisar e focar em seus processos internos e sim procure exercitar a empatia buscando o “olhar do dono”vamos dizer assim.
É de fundamental importância entender que os recursos são escassos e que os gestores de RH devem quantificar os resultados de sua área e procurar projetar o impacto econômico de determinada ação no negócio como um todo.
Para tal necessita-se ter um conhecimento mínimo de demonstrativos financeiros  e contábeis para identificarmos o impacto no negócio.
Este passa a ser um desafio enorme para muitos destes profissionais, pois na maioria das vezes  possuem  formação na área de  humanas , mas é de fundamental importância que entendam a real necessidade de buscarem  este conhecimento e competência.
Este raciocínio vale independentemente do porte da empresa em que o profissional de RH  atue e o que  modifica é o nível de profundidade demandada nesta análise.
Como forma de exemplificarmos podemos citar alguns indicadores que são de fácil acompanhamento, mas que nos trazem um outro olhar para área a saber:

Turn Over: Na área de RH, o cálculo de turnover tem a função de determinar a porcentagem de substituições de funcionários antigos por novos e, conseqüentemente, analisar a capacidade da empresa em manter os seus colaboradores. Um alto percentual de turno ver, dependendo do tipo de atividade da empresa,  é um indicador de que algo está errado, sendo necessária avaliação das causas de incapacidade de retenção do pessoal.

Absenteísmo: O absenteísmo ou ausentismo é a freqüência ou duração de tempo de trabalho perdido quando os colaboradores  não vão ao trabalho. O absenteísmo constitui a soma dos períodos em que os colaboradores se encontram ausentes do trabalho, seja ela por falta ou algum motivo de atraso.
Impacto da folha de pagamento  sobre a receita bruta: Importante o RH ter esta informação em mãos, a fim de alinhar com a expectativa do acionista e também para fazer uma benchmark com o seguimento em que a empresa atua. Empresas com o uso intensivo de mão-de-obra são mais sensíveis e este indicador.

Custo das rescisões: Avaliar o valor financeiro a fim de verificar se não valeria a pena manter o funcionário na eventualidade da empresa retomar o mesmo nível de vendas/atividade a curto prazo. Podemos adotar o período de 05 a 06 meses para que o valor a ser reduzido com o salário na folha de pagamento se iguale ao custo das verbas rescisórias. Obviamente deve-se observar as questões disciplinares que em muitos casos assumem papel preponderante na tomada de decisão.

Custo de contratações: Importante levantar-se os custos desde o valor do anúncio de jornal, horas dedicadas por parte do selecionador, deslocamento do candidato, custo do Head Hunter no caso de contratação do mesmo, período de integração onde o novo colaborador será menos produtivo, etc.

Número de dias perdidos: Em função de atestados pelos mais variados fins, paralisações, greves, ou até mesmo por motivo de força maior alheio a vontade de todos.

Custos com reclamatórias trabalhistas: Importante ter-se este indicador e alocá-lo no centro de custo onde foi originada a reclamatória, pois desta forma gera-se um envolvimento maior da liderança em aprimorar a gestão e trabalhar no preventivo trabalhista.

Obviamente outros indicadores poderão somar-se a estes, mas também  importante é o acompanhamento mensal através de um plano de ação seja ele qual for. Entendemos que o 5 W 2H  atende a esta necessidade de uma forma adequada.

Também importante que seja oportunizada a participação do profissional de RH na construção e definição das ações estratégicas da Empresa, a fim de que o Planejamento estratégico de RH seja aderente ao Planejamento estratégico da empresa como um todo.

Desta forma conclui-se que a área de RH começa a mudar a sua abordagem nas  reuniões de resultados e a serem vistas como parceiras do negócio.

Importante salientarmos que somada a esta nova abordagem é necessário que o RH assuma riscos, expondo-se demonstrando ao CEO onde a empresa pode incrementar a produtividade, diminuir eventuais desperdícios e  por conseqüência aumentar lucratividade.

Muitos de vocês poderão estar pensando que esta é uma visão um tanto quanto pragmática, mas o que observamos no mercado é uma visão cada vez menos romântica e mais profissional nas gestões das empresas.

Desejo sorte e sucesso em seus desafios.

Muito obrigado

Morgan Flory Santos 

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