Qual o profissional de RH já não
recebeu a incumbência ou responsabilidade pela mudança cultural da empresa?
É muito comum as mudanças
culturais serem delegadas aos profissionais de RH , sendo que as mudanças das estratégias comerciais ou do
próprio planejamento estratégico ser delegado para os demais executivos que não
pertencem área de RH.
Este tipo de diferenciação pode
trazer inúmeros problemas para a empresa, pois levam os executivos ao
entendimento de que não devem envolver-se em mudança de cultura por trata-se de uma questão menor ou talvez de
pouca relevância para o negócio.
Se partirmos do principio de que as organizações são feitas de pessoas
e são elas que executam a estratégia, logo não existe nada mais estratégico do
que as pessoas.
Da mesma forma que cultura tem a ver com pessoas, logo nada mais
estratégico do que todos envolverem-se com a mudança ou alinhamento cultural.
A liderança pelo exemplo possui
grande impacto nas ações e reações dos colaboradores de uma empresa. Sempre tive
comigo uma frase: “ Numa empresa sempre
tem alguém prestando a atenção no
outro”. Não devemos nos iludir quanto ao fato de que se os executivos não
envolverem-se na construção de valores, princípios, e agirem de forma a dar o
exemplo, será quase impossível a área de RH ter sucesso em programas de mudança
de cultura.
é importante que o CEO, ou acionista majoritário (no caso de
empresa familiar) reforce junto a todos os seus executivos o grau de relevância
das mudanças e quais os objetivos a serem alcançados.
O comportamento coletivo é uma
soma dos comportamentos individuais. E não há meias palavras para tal.
Ao deixar o “ RH Solitário” neste processo seria “ fritar” esta área ,
bem como os profissionais que nela trabalham.
Sob o ponto de vista do RH eu
diria que jamais ele poderia aceitar uma situação destas, e uma forma de
contornar seria montar uma equipe multifuncional, com representantes de todas
as áreas da empresa para que “ juntos” busquem a propalada mudança.
Na realidade a estratégia que
defendo seria a de trabalhar contra a lógica da maioria dos trabalhos
desenvolvidos em uma empresa onde o mais comum é a área responsável por
implantar determinado programa “ se feche” , desenvolva-o sozinho, para pretensamente colher os louros pelo
êxito da mesma.
As questões que ficam são?
- E se não der certo?
- E se as pessoas não sentirem-se
corresponsáveis? Irão apoiar?
- Os demais colaboradores poderão
não dar a devida importância
- Perde-se a oportunidade da
construção coletiva e o compartilhamento de ideias complementares.
Muito
obrigado!
Porto
Alegre 30 de Setembro de 2014