Estima-se
que do total de planos de saúde no
Brasil quase 80% referem-se a planos empresarias, sendo que no máximo, 20%
contemplam o usuário individual.
Na
realidade não é difícil entender o
motivo pelo qual as operadoras de planos de saúde estão focando no segmento
empresarial, pois é fato que quanto maior o volume de beneficiários mais
dilui-se o risco, uma vez que o fator de utilização é o fator principal na
customização de um plano de saúde. Por outro lado reduz-se o risco da
inadimplência.Simplificando : quanto menor o nível de utilização maior é o equilíbrio da apólice do plano.Na
realidade este meu comentário não traz nenhum julgamento critico para as
operadoras de plano de saúde, muito pelo contrário, eu defendo uma gestão
compartilhada e responsável entre empresas e operadoras , para que o plano
tenha perenidade nas empresas . Dentre os benefícios desta gestão compartilhada
podemos destacar:
- O aumento da rentabilidade da organização;
- · Maior valorização por parte dos colaboradores ;
- · Menor custo para as empresas através do gerenciamento dos objetivos e da minimização dos riscos das operadoras de planos de saúde da modalidade médico-assistencial;
- · Maior conhecimento do perfil de saúde do público interno ;
- · Utilização racional do plano por parte dos colaboradores.
É neste
ponto que se faz necessário o envolvimento muito forte da área de RH no acompanhamento
da performance dos planos de saúde, bem como da gestão dos benefícios de uma
forma em geral. Entendo ser de fundamental importância que as empresas tenham
especialistas acompanhando este subsistema de RH ,a fim de acompanhar este processo.
Não menos
importante é fundamental a assessoria de
um corretor de reputação ilibada , uma vez que todo o plano de saúde deve,
obrigatoriamente,ser intermediado junto as operadoras e/ou seguradoras pela figura do corretor especializado.
Aliado a
estes especialista faz-se necessária a implementação de indicadores de desempenho para
acompanhar esta performance. Segue abaixo sugestões de indicadores que
irão ajudar nesta gestão:
1) Número de consultas per capita :Avaliar a frequência média de consultas de
um beneficiário.
2) Custo médio per capita : Mesma
análise do indicador 1 sob o enfoque de custo
3) Curva ABC de exames e
procedimentos per capita : Número de exames e
procedimentos estratificado por tipo de exame bem como por tipo de moléstia.
Este indicador auxilia as empresas a implementarem programas preventivos em
qualidade de vida junto aos seus colaboradores.
4) Curva ABC de custo de
exames e procedimentos per capita: Mesma análise do indicador
3 sob o enfoque de custo
5) Dias médios de
internação: Como este indicador possui impacto
significativo no nível de utilização em
função da hotelaria ( ocupação de quartos/leitos em hospitais) é importante ter-se um
indicador para acompanhamento.
6)Custo médio de internação:
Mesma análise do indicador 5 sob o enfoque de custo
7 )
Estratificação de doenças moléstias :Verificar as moléstias
mais recorrentes per capita e por setor. Pode-se avaliar setores com maior
recorrência de moléstias auxiliando na implementação de ações preventivas com
relação a melhoria de ambientes de trabalho.
8) Dias de internação em UTI: Naturalmente em função do alto custo desta internação.
A gestão profissionalizada destes indicadores por parte das
empresas permite, além de reduzir
eventuais excessos na utilização dos planos de saúde por parte dos
colaboradores, contribui para a redução de custos assistenciais e melhora
o processo de qualidade do atendimento dos mesmos . As informações
disponibilizadas pelos indicadores de desempenho, possibilitam implementar
iniciativas estratégicas para melhorar os serviços, utilização do plano de
forma preventiva, ou seja, de criar a cultura de frequentar os consultórios
médicos para cuidar da saúde e não somente quando tiver alguma moléstia de
forma objetiva.Resumindo : cuidar da saúde como um bem maior.
22/11/2014
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