FALAR
OU NÃO FALAR, EIS A QUESTÃO.
Diariamente nos deparamos com líderes e
executivos que nos relatam casos em que ficaram na dúvida quanto ao seu
posicionamento em reuniões de grande relevância. Na realidade o maior dilema é
o fato de saberem o exato momento de falar ou de calar.
“– Será que deveria ter dito aquilo naquela
situação? Falei demais?”
“– Não deveria ter ficado quieto, sem
emitir a minha opinião? Perdi uma grande oportunidade de fazer bonito?”
Entendemos que não há uma regra universal
para este tipo de situação.
O fato é que temos que desenvolver a
capacidade de fazermos as leituras do ambiente corporativo que
nos cerca. Devemos saber a hora de falarmos ou até mesmo de exercermos a escuta
ativa. Muitas vezes o silêncio pode representar a melhor resposta. Falantes
compulsivos são tão ou mais nocivos ao ambiente corporativo do que os que
simplesmente não falam. O desafio maior é o de buscar este equilíbrio.
Muitas vezes nos damos conta de que o fato
de termos razão não é o mais importante, mas sim a capacidade que temos de ser
flexíveis.
Entendo que o nível de exposição é
diretamente proporcional a competência que temos ou não de fazermos um
alinhamento prévio com as lideranças e departamentos com os quais temos
interface. Esta necessidade é maior naquelas áreas que atuam de forma
corporativa e que em algumas empresas denominam-se de áreas de apoio. Podemos
citar algumas delas, a saber: áreas administrativas de uma forma em geral,
logística, suprimentos, TI, etc.
Devemos buscar o espaço para nos
posicionarmos e buscarmos a construção de uma solução coletiva coma devida antecedência.
O ambiente de reuniões ou os corredores da empresa não devem ser transformados
numa arena competitiva onde, aos moldes da Roma antiga, ficamos a degladiar-nos
pela melhor ideia ou na chamada fogueira de vaidades.
Entendemos que a partir deste alinhamento
todos devem trabalhar com o mesmo objetivo, principalmente as lideranças. É
muito comum os líderes exporem para as suas equipes uma discordância que
possuem em relação a uma decisão que foi tomada pela maioria, em conjunto, quer
seja de forma eventual ou até mesmo de caráter mais permanente.
O líder deve ter maturidade e inteligência
emocional para não influenciar negativamente os seus subordinados. Deve agir
como um filtro, a fim de manter a
motivação da equipe. A preservação de um bom ambiente de trabalho é de
fundamental importância para o atingimento de resultados perenes. Cair nesta
armadilha é jogar contra o patrimônio ou dar um tiro no pé como queiram.
Se o líder avaliar que estas discordâncias
estão no nível ético, entendo que não há como permanecer na empresa, pois não
trará benefícios para ambos. Neste caso recomendamos que procure o seu superior
imediato e exponha esta situação. Em alguns momentos o pedido de demissão acaba
sendo inevitável no sentido de buscar-se uma empresa alinhada com seus valores.
Por outro lado é importantíssimo que os
altos executivos dêem espaço pra que os membros de sua equipe tragam suas
contribuições, para a construção de soluções que gerem comprometimento.
Ao adotarmos este postura iremos
construindo uma espécie de circulo virtuoso onde a relação de
confiança prevalece, as idéias são respeitadas e as soluções aparecem de forma
espontânea.
Muito obrigado.
15/05/2013
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