quinta-feira, 10 de outubro de 2013

RECURSOS HUMANOS E FINANCEIRO- UMA VISÃO COMPARTILHADA.

No dia de ontem estive presente com alguns colegas executivos de RH em um encontro com o Diretor Financeiro de uma grande Multinacional  onde ele discorreu sobre  como conseguiram desenvolver a visão compartilhada na empresa em que trabalha. Na realidade conseguiram fugir do lugar comum,  onde o RH defende seus projetos de forma independente dos outros departamentos da empresa , principalmente com relação a área  financeira.

A área de RH  foi utilizada  como exemplo pelo fato de representar  a linha de  maior valor no balanço, pois  trata-se de uma empresa do segmento de serviços, mas o raciocínio é análogo para as demais áreas da empresa.

Esta visão compartilhada é baseada em algumas premissas a saber:

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Recursos Humanos e Financeiro  reúnem-se para avaliar os projetos de RH  baseado nos projetos estratégicos da empresa , ou seja, buscando um alinhamento dos mesmos com a visão  do negócio  de médio e longo prazo.

ANÁLISE DE PAY BACK: A área financeira faz um estudo pormenorizado da taxa de retorno do investimento nos programas de RH , inclusive contratação de profissionais por  aumento de quadro. Se o projeto apresentar viabilidade passa a ser defendido por ambas as áreas, mesmo que ele não se mostre rentável a curto prazo.
Esta análise pode parecer muito simples num primeiro momento , mas é de grande representatividade quando analisamos a dificuldade que possui a área de RH em justificar os seus investimentos ,sendo taxada, muitas vezes, como área de geradora de  despesas.

DIFERENCIAR DESPESA DE INVESTIMENTO:  Com esta medida deixa-se de analisar  o RH sob o ponto de vista  de despesas para o prisma de investimento. Este conceito muda tudo. Há que se fazer um estudo de viabilidade do negócio com o componente pessoas fazendo parte deste estudo , com a devida relevância e atenção que merece.

MONTAR EQUIPES COM VISÕES COMPLEMENTARES: Entendo que há uma tendência dos lideres em montarem suas equipes a sua imagem e semelhança . Parece que há um certo temor em ter na equipes pessoas que pensam diferente  da liderança.É fundamental  construirmos equipes com personalidades e conhecimentos distintos , principalmente do líder, para que o conjunto seja bem maior do que a soma das partes.

Gostaria de analisar este caso sob o ponto de vistas das relações humanas e jogos de poder :

Esta simples medida demanda  que todos os gestores abram mão  de suas individualidades e coloquem os interesses do negócio acima de tudo, pois mesmo que um projeto seja relevante para  uma determinada  área, pode  não ter a mesma relevância para a empresa/negócio como um todo.Desta forma há que se abrir mão dele num determinado momento e aguardar o momento apropriado para sua  implementação.

Esta construção  demanda uma atenção especial do CEO para que consiga desenvolver este espírito de time ou até mesmo de altruísmo , e lidere este processo de forma genuína. Neste momento RH assume um papel fundamental para suportar a construção deste novo modelo e não pode furtar-se em dar a sua inestimável contribuição.

Tenho certeza de que perseguindo esta estratégia alcançaremos resultados formidáveis.


Muito obrigado!

Porto Alegre 10 de Outubro de 2013


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