No dia de ontem estive presente com alguns colegas
executivos de RH em um encontro com o Diretor Financeiro de uma grande
Multinacional onde ele discorreu
sobre como conseguiram desenvolver a visão compartilhada na empresa em que trabalha. Na realidade
conseguiram fugir do lugar comum, onde o
RH defende seus projetos de forma independente dos outros departamentos da
empresa , principalmente com relação a área financeira.
A área de RH foi utilizada
como exemplo pelo fato de
representar a linha de maior valor no balanço, pois trata-se de uma empresa do segmento de
serviços, mas o raciocínio é análogo para as demais áreas da empresa.
Esta visão compartilhada é baseada em algumas premissas a
saber:
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO: Recursos Humanos e Financeiro
reúnem-se para avaliar os projetos de RH
baseado nos projetos estratégicos da empresa , ou seja, buscando um
alinhamento dos mesmos com a visão do
negócio de médio e longo prazo.
ANÁLISE DE PAY BACK:
A área financeira faz um estudo pormenorizado da taxa de retorno do
investimento nos programas de RH , inclusive contratação de profissionais por aumento de quadro. Se o projeto apresentar
viabilidade passa a ser defendido por ambas as áreas, mesmo que ele não se
mostre rentável a curto prazo.
Esta análise pode parecer muito simples num primeiro momento
, mas é de grande representatividade quando analisamos a dificuldade que possui
a área de RH em justificar os seus investimentos ,sendo taxada, muitas vezes,
como área de geradora de despesas.
DIFERENCIAR DESPESA
DE INVESTIMENTO: Com esta medida
deixa-se de analisar o RH sob o ponto de
vista de despesas
para o prisma de investimento. Este conceito muda tudo. Há
que se fazer um estudo de viabilidade do negócio com o componente pessoas
fazendo parte deste estudo , com a devida relevância e atenção que merece.
MONTAR EQUIPES COM
VISÕES COMPLEMENTARES: Entendo que há uma tendência dos lideres em montarem
suas equipes a sua imagem e semelhança
. Parece que há um certo temor em ter na equipes pessoas que pensam diferente da liderança.É fundamental construirmos equipes com personalidades e
conhecimentos distintos , principalmente do líder, para que o
conjunto seja bem maior do que a soma das partes.
Gostaria de analisar este caso sob o ponto de vistas das relações
humanas e jogos de poder :
Esta simples medida demanda
que todos os gestores abram mão
de suas individualidades e coloquem os interesses do negócio acima de
tudo, pois mesmo que um projeto seja relevante para uma determinada área, pode não ter a mesma relevância para a
empresa/negócio como um todo.Desta forma há que se abrir mão dele num
determinado momento e aguardar o momento apropriado para sua implementação.
Esta construção
demanda uma atenção especial do CEO para que consiga desenvolver este espírito
de time ou até mesmo de altruísmo , e lidere
este processo de forma genuína. Neste momento RH assume um papel fundamental
para suportar
a construção deste novo modelo e não pode furtar-se em dar a sua inestimável
contribuição.
Tenho certeza de que perseguindo esta estratégia alcançaremos
resultados formidáveis.
Muito
obrigado!
Porto
Alegre 10 de Outubro de 2013
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