terça-feira, 29 de julho de 2014

IMPLEMENTE A REMUNERAÇÃO VARIÁVEL , MAS COM SEGURANÇA


Está sendo cada vez mais comum a preocupação das empresas em implementar  sistemas de remuneração que privilegiem a parte variável como complemento do salário fixo .

Na realidade as formas tradicionais de pagamento de salários baseados no salário fixo tendem  a ser complementadas com a implementação do salário variável , uma vez que, “ nada é mais fixo do que o custo dos salários” . Basta vermos que  independentemente  da empresa apresentar ou não resultados deve pagar o salário ao final do mês.

Uma das fontes de preocupação para o aumento dos salários deve-se  as correções “automáticas “ advindas das negociações coletivas, ou seja: “ é certo que anualmente as empresas terão que arcar com aumentos de custos em contas que não possuem condições de gestão". Por exemplo: salários, energia elétrica, água , combustível, impostos e assim sucessivamente. O que denominamos  de “ Custo Brasil” .

A área de recursos humanos tem sido chamada a contribuir com ideias que venham alinhar a desempenho individual com os objetivos estratégicos da empresa. Portanto é de fundamental importância que sejam encaminhadas propostas de remuneração por atingimento dos objetivos estratégicos da empresa.

Todo processo de implementação de um programa de remuneração variável trás uma preocupação ao acionista para que ele não seja demasiadamente concessivo, onde as metas sejam de fácil alcance  gerando um custo adicional para a empresa sem a respectiva sustentação nos resultados.  As metas  não podem ser  de difícil alcance ,a  fim de que não gere desmotivação logo no inicio da implantação do programa  e venha a causar  desinteresse. O desafio é conseguir o tão alardeado “equilíbrio” .

Desta forma entendo que todo o plano de remuneração variável deve partir das seguintes premissas:

Gatilho : Partindo-se do conceito de que “ ninguém pode dar o que não tem “ entendemos que o “ gatilho” do programa deva ser disparado a partir de um resultado mínimo atingida pela empresa.

Mescla de resultados corporativos, resultados do setor e resultados individuais: É importante que na composição do variável, haja metas corporativas para que todos os colaboradores busquem um resultado geral, metas do setor para que seja estimulado o desenvolvimento dos setores e metas individuais para que seja reconhecido a performance individual.

Acompanhamento mensal: Devem-se acompanhar mensalmente os resultados obtidos x os resultados esperados, a fim de oportunizar transparência ao programa. Comunicar, comunicar e comunicar.

Fato Causa Ação: O acompanhamento através de um FCA possibilita as pequenas correções de rumo.

Indicadores alinhados: Os indicadores dos subordinados devem dar sustentação aos indicadores das lideranças. A base é de um efeito cascata que levará ao atingimento dos indicadores globais das empresas. Não faz o menor sentido atingir os resultados individuais sem o atingimento dos resultados da empresa ou da área.

Indicador de engajamento: Deve-se criar premissas de pagamento para os colaboradores que estejam efetivamente trabalhando na empresa quando da época do pagamento. Este regramento visa manter os colaboradores que possuem as melhores performances.

Elevação da régua anualmente: Como a competitividade é maior  a cada ano deve-se conscientizar os participantes do programa de que as metas devem ser mais desafiadoras a cada ano até para buscar-se a sustentabilidade do negócio.

E finalizando é muito importante que a área de RH e financeiro trabalhando juntos , passando tranquilidade e transparência na gestão do programa.

Muito obrigado


Porto Alegre, 28 de Julho de 2014.




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